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Desenvolvimento motor do bebê.

Quando você menos espera, aquele bebê que ficava deitado o tempo todo começa a mostrar a que veio. A partir do terceiro ou quarto mês de vida, ele, quase que “de repente”, sustenta a cabeça sozinho. Esse feito, aparentemente simples, é o primeiro sinal de que aquele serzinho que dependia de você para tudo está conquistando independência aos poucos. E, cientificamente falando, tem início o processo conhecido por mielinização, que nada mais é do que a cobertura das células nervosas por uma substância gordurosa chamada mielina. É ela que vai permitir que os impulsos nervosos sejam transmitidos do cérebro para o corpo. Curioso, não? Calma, que o espetáculo do desenvolvimento está apenas começando – e, além de acompanhar tudo da primeira fila, você ainda vai ter a oportunidade de interagir em várias “cenas”.

DE CIMA PARA BAIXO

O amadurecimento da medula, responsável pela transmissão dos impulsos nervosos do sistema nervoso central para o resto do corpo, se dá no sentido da cabeça aos pés: pescoço, tronco e membros. Por isso, uma vez que o bebê firme a cabecinha, aprenderá o “reflexo do paraquedista”, ou seja, coloca os braços para frente e levanta a cabeça ao ser deixado de barriga para baixo. Esses movimentos fortalecem a musculatura do pequeno até que ele esteja preparado para o primeiro marco na busca da autonomia: o rolar.

Com quatro ou cinco meses, o bebê rola
Os movimentos como virar e rolar, geralmente, ocorrem após o quarto ou quinto mês de vida – e espera-se que uma criança vire ativamente até o fim do sexto mês. E, acredite, essa etapa tornará sua relação com o bebê ainda mais próxima, pois agora ele começa a demonstrar o que o atrai, como objetos coloridos ou a sua presença. Para estimular e incentivar o seu filho, coloque-o em uma superfície macia sobre o chão e posicione ao seu redor brinquedos musicais e objetos de diferentes texturas e cores fortes. Assim, ele fará o movimento naturalmente enquanto se diverte. Nos Estados Unidos, esse tipo de estímulo tem até um nome próprio, tummy time (isto é, hora da barriga).

COM SEIS MESES, O BEBÊ SENTA
Aos 6 meses, a maioria dos bebês já é capaz de sentar sem apoio, o que significa estar aprimorando o controle do equilíbrio. De acordo com a pediatra Daniela Piotto, do Fleury Medicina e Saúde (SP), um exercício interessante a ser feito nessa fase é deixar o pequeno deitado de costas, segurar as duas mãos e puxá-lo suavemente até que esteja sentado. Depois de 10 segundos nessa posição, volte a deitá-lo e repita o exercício. “Isso ajuda a fortalecer os músculos da barriga e das costas do bebê”, explica. Sabe aquela antiga brincadeira do “serra, serra, serrador”? Use sem moderação!

COM 8 MESES, O BEBÊ SE ARRASTA (E ALGUNS DELES ENGATINHAM)
Com a musculatura mais forte, por volta dos 8 meses, seu filho provavelmente fará os primeiros esforços com o intuito de se arrastar pelo chão. Nessa fase, também já começa a se apoiar nos objetos, como o berço, para se levantar. E aí, pode engatinhar de um dia para o outro, certo? Nem sempre. Enquanto alguns engatinham nessa época, outros só conseguem fazê-lo aos 10 meses. Há também os bebês que “pulam” essa etapa e aprendem a andar. E todas as situações são normais. A dica do pediatra Thiago Gara, do Hospital São Luiz (SP), para estimular o bebê a engatinhar são os brinquedos com rodinhas, que podem acompanhá-los a todos os lugares. Já os andadores clássicos, embora a venda seja proibida no país, ainda são usados por muitas famílias. Além do risco de quedas, podem surtir o efeito contrário e atrasar o desenvolvimento da marcha infantil (caminhar). 

UM ANO: CHEGOU A HORA DE ANDAR!

Todas essas etapas preparam o bebê para os tão esperados primeiros passos, geralmente perto do primeiro aniversário. Os tombos nesse período são muito comuns, então, não se preocupe se o seu filho parece tropeçar nos próprios pés, acontece! Nada de assustá-lo, ok? É só dizer que está tudo bem e ficar ao lado dele para que ganhe segurança. Logo, logo você vai se surpreender com a velocidade daquelas perninhas e terá de correr atrás dele a ponto de perder o fôlego! 

E SE ELE AINDA NÃO ANDA?
Ele já cantou o 1º parabéns e nada de andar? Mais uma vez, seja paciente. O processo pode ocorrer dos 12 aos 18 meses, e apesar de existir uma idade esperada para tais conquistas motoras, cada bebê tem seu próprio tempo, como você já deve ter ouvido tanto do médico do seu filho quanto de outras mães. A pediatra Luciana Chicuto, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SP), alerta sobre a necessidade de os pais fazerem uma avaliação global antes de se preocupar. “Se a criança está crescendo bem, interage com o mundo à sua volta, demonstra afeto aos pais e familiares próximos, mas tem um pequeno atraso motor (como, por exemplo, dar poucos passos com apoio aos 13 meses), suas aquisições provavelmente estão dentro do esperado para ela”, afirma. Então, em vez de criar muita expectativa em relação à data em que esses marcos vão ser superados, prepare-se para viver esses momentos inesquecíveis ao lado do seu filho. Spoiler: eles crescem rápido e, quando você menos esperar, já estarão trilhando novos caminhos com as próprias pernas.

CADA UM À SUA MANEIRA
A partir do oitavo mês, o bebê experimenta posturas diferentes como sentar em anel (isto é, com as pernas em círculo), de lado, com as pernas estendidas, e entre os calcanhares formando um “W”. De acordo com a pediatra Daniela Piotto, do Fleury Medicina e Saúde (SP), essas alternâncias de posição são benéficas para a criança. “As transferências entre uma postura e outra ajudam a desenvolver os músculos do tronco e, principalmente, a formar as primeiras noções de equilíbrio e consciência corporal”, afirma a especialista. Porém, se for assumida com frequência, a postura em “W” pode gerar problemas ortopédicos, como luxação do quadril. Nos casos em que o bebê só senta dessa forma, é importante orientá-lo a sentar com as pernas para o lado, para frente ou cruzadas na posição de índio.

O engatinhar também não é igual para todos os bebês. Alguns se locomovem para a frente utilizando os quatro membros, o que é mais comum. Já outros se apoiam sobre os braços e se deslocam como se estivessem sentados, e há ainda os que engatinham de ré. Em nenhum desses casos há necessidade de interferir no processo, pois não há riscos à saúde. Cada bebê encontra a sua própria forma e ritmo de locomoção, que devem ser respeitados. Por isso, quando o assunto é desenvolvimento infantil, nada de comparações.

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